sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Medos & amizades
Em uma postagem anterior, falei de como os bebês interagem pouco entre si até os dois anos de idade. Não é que não interajam: de alguma forma eles gostam de estar no meio do povo, e especialmente no meio de outras crianças. Mas as brincadeiras em geral são cada um por si.
Pois na semana passada a Lorena completou dois anos e meio, e como as coisas mudam em meio ano! Nesse aspecto mudaram muito: ela agora tem amigos, que ela reconhece, convida pra brincar e inventa brincadeiras a dois. É muito legal de ver. De novo, a escolinha ajuda muito nesse aspecto. Às vezes chego pra buscá-la e ela está sentada frente a frente com um colega, os dois com as pernas abertas formando um quadrado, jogando uma bolinha de um pro outro. Simples, né? mas um passatempo bacana. Brincar de boneca a dois também pode ocupá-la por um bom tempo. E dar de comer pras galinhas do pátio da escola é menos amedrontador com outra criança ao lado.
É legal perceber como ela também desenvolve mais afinidade com determinados colegas. É a personalidade dela se desenvolvendo, ela escolhendo as próprias companhias...
E ela faz questão de ressaltar pra todo mundo as amizades dela: "a Helena é minha amiga!", "o Vini é meu amigo"; assim mesmo, com ênfase no pronome possessivo.
Por outro lado, um sentimento que também desenvolveu nesse meio tempo foi o medo. Antes, o desconhecido pra Lorena era apenas isso: algo desconhecido, que ela observava com alguma curiosidade. Agora, quase tudo que foge um pouco do script tem causado crises de choro. Outro dia, por exemplo, teve festinha de aniversário de um colega na escola, a qual foi devidamente "animada" por dois camaradas fantasiados de Buzz e Woody (de Toy Story). Ah, essa guria se apavorou... passou a festa inteira no colo da professora.
Acordar de madrugada no escuro também tem causado medo nos últimos meses. Tem um filme da Cinderela, de 1950, que ela tem olhado frequentemente, sobre o qual ela declarou ter medo da Madrasta, do gato Lúcifer, dos ratinhos e da própria Cinderela! Somente o castelo do príncipe ela não descartou a possibilidade de visitar.
E a última foi quando fomos fazer compras no supermercado perto de casa, que em meados de novembro já está com decoração natalina: uma decoração pesada, meio excessiva. Ao ver aquela árvore espinhenta no meio de onde ela costumava me ajudar a escolher as laranjas e outras frutas, ela declarou:
"eu tenho medo do Natal!"
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