domingo, 17 de janeiro de 2016

Coletânea de ano-novo

Bom, já que a Aurora decidiu esperar mais um pouco pra nascer, tenho tempo para atualizar o blog com coisas que eu pensei em escrever nas últimas semanas. E olha que a Lorena já teve todo tipo de "premonição" sobre o momento da chegada da irmã: primeiro ela disse que nasceria "dia tleis" (e não me pergunte por quê). Já mais recentemente, ela cravou a hora exata do nascimento: duas e qualenta!


"A Aulola não quer sair da sua barriga, mamãe?"

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Lembrei de uma expressão que a Lorena criou no verão passado, quando passamos uma temporada no Cassino, que ela insistia em chamar de "piscina-praia".
Engraçado como o ser humano descreve o mundo a partir das suas experiências. Pra ela, uma guria de apartamento, a praia era essencialmente isso: um tipo específico de piscina.

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Sobre o processo de desfralde, não tenho grandes textos a escrever. Foi trabalhoso e em alguns momentos pareceu que nunca ia funcionar, mas um pouco de paciência e insistência lá pelas tantas começam a dar resultado. Agora fazemos até ao ar livre, na graminha entre a nossa rua e o metrô ou em outros locais públicos, mas discretamente escondidos dos olhares gerais. Outro dia estávamos no Parque de Águas Claras e ela pediu pra fazer xixi; fomos logo para trás de uma árvore e estava resolvido.
"Aqui não dá pra dar descarga, né papai?"

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Pros momentos em que a Lorena não quer se alimentar direito, inventei o Capitão Anemia. É um contraponto ao Capitão América, que aparentemente foi ressuscitado pela Marvel e faz muito sucesso na escolinha, junto com o Hulk e o Homem-Aranha. Mas o Capitão Anemia não come arroz com feijão, e com isso não tem força pra brincar no pula-pula e balançar.


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Colocamos algumas luzinhas na janela pro fim-de-ano. Expliquei pra Lorena que isso ajudaria o Papai Noel a achar a nossa casa. Ela gostou da explicação, mas preferiu não se deparar com ele. Na noite do dia 24, fomos pro parquinho e só voltamos pra casa quando garanti de pés juntos que o dito cujo não estava mais em casa.
Já na noite do dia 31, levei ela pra janela pra ver os primeiros fogos. Eram 21h30 e ela fazia força pra ficar acordada.
"Vamos dormir Lorena?"
"Não, eu quero esperar o ano-novo entrar pela nossa janela"

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Já no dia 1º, a Lorena acordou às 6h da manhã. Tentei deitar com ela pra ver se pegava no sono novamente, mas ela tagarelou uma longa história que incluía o Ano-Novo, o Capitão Anemia, o Lobo Mau e outros personagens reais ou imaginários. Não teve jeito, não dormiu mais. Feliz 2016!

Um comentário:

  1. Foi tão bom participar e presenciar algumas dessas "Peripécias da Lorena", sinto muita falta de não ter ela aqui pertinho, vendo cada novidade, cada descoberta... amo vocês! Obrigada por me darem essa sobrinha linda, carinhosa e muito esperta! :)

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