sexta-feira, 21 de agosto de 2015

curtinhas

Há um mês atrás, conseguimos dois ingressos pra um balé russo que ia se apresentar, por meio de uma promoção do Correio Braziliense. Como foi tudo meio de última hora, resolvemos levar a Lorena junto. O balé começava tarde (21h) e ela dormiria no nosso colo, esse era o plano.
Lá pro fim do Lago dos Cisnes, ela acordou com os aplausos. Mas ficou queitinha no colo da mãe, vidrada no balé: no cenário (com um castelo no fundo), no príncipe, no fechar e abrir das cortinas...
Depois disso foram umas duas semanas de fixação no balé: vimos vários vídeos no youtube, e as bonecas também tiveram que fazer seu pas-de-deux.
De lá pra cá, o entusiasmo aparentemente tinha diminuído. Mas numa manhã dessas, ela acordou, desceu sozinha da cama e veio pro nosso quarto nos chamar. Eu levantei e fui com ela pra sala pra fazer a mamadeira. Na passada, apaguei a luz do corredor que tinha ficado acesa durante a noite.
Ela protestou: "não acende a luz, papai!" (querendo dizer pra eu não apagar).
Eu disse: "mas minha filha, agora nós vamos levantar, vamos pra sala, abrir a cortina pro sol entrar"
e ela: "abrir a cortina?"
e pensou um pouco: "igual ao balé?" 



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Com um pouco de atraso, queria dizer que passei um dia dos pais especial com minha filhota. Começou antes mesmo do domingo, com a homenagem na escolinha da Lorena, na sexta-feira. Na verdade começou até antes disso, pois a Lorena não se conteve e "vazou" a música da apresentação "surpresa" - ela já vinha cantando a música pelos corredores da casa algumas semanas antes.
Isso foi ótimo, pois assim pude ouvir a música, já que no dia da apresentação pra valer ela ficou muda com aquele monte de pais e câmeras fotográficas na frente dela. Aí vai a letra:
"Não é o super-homem
Não é o homem-aranha
Ele é o meu papai
Que me cuida e me ama

Papai, meu herói
Papai, meu amigão
Eu te amo e tu vives dentro do meu coração"

Que tal hein? Me senti o paizão!

E no domingo resolvemos ir de última hora pra praia do Lago Paranoá. Que boa iniciativa tiveram! Colocaram uma areia bem clarinha na beira, umas cadeiras e guarda-sóis, e cobravam um ingresso que podia ser convertido em consumação pra comer alguma coisa no local. Em 8 anos de Brasília, nunca tinha tomado banho no lago (uma vergonha pra alguém que se diz hidrólogo). A água, logo que a gente se afasta da beira, é clarinha, e a temperatura é no ponto, refrescante mas não gelada.
E a Lorena? Ferveu né, lógico. Tinha uns escorregadores pra dar aquele tchibum na água, e levamos uns potinhos pra mexer na areia. No fim, na hora do sol mais forte, ela ainda descobriu um tesouro: um pula-pula! O brinquedo favorito dela.
Ficamos das 10h até umas 14h30. Quando sentou na cadeirinha do carro pra ir embora, ela ainda disse: "foi legal" - e dormiu logo que viramos a esquina.
Um dia dos pais especial.

escolha do parto

Esse é um assunto sobre o qual eu nem deveria estar escrevendo. Minha opinião é que a escolha do tipo de parto é uma decisão extremamente íntima da mãe, e nosso papel como pai/companheiro é apoiar irrestritamente o caminho que for tomado¹. Até porque o pessoal que estuda neurociência descobriu que a preferência por um ou outro parto tem a ver com a quantidade de hormônios (testosterona) no organismo da mulher. E, bom, todo marido sabe que hormônios em uma mulher são uma coisa muito perigosa de se enfrentar. Portanto, melhor concordar mesmo.
E outra: o corpo é da mulher, ela tem que saber se quer se sujeitar a uma cirurgia (que sempre causa um certo calafrio) ou a correr o risco de ficar um tempo maior em trabalho de parto, com possibilidade de dor (além dos vários outros dilemas que essa escolha coloca).
Por isso, tudo o que eu escrever daqui pra frente deve ser solenemente ignorado, pois é a opinião de um homem, que nunca passará pelo processo e não tem autoridade no assunto. Já tem muita gente escrevendo sobre isso e acho que as mulheres ficam pressionadas e culpadas nessa guerra de opinião.






Bom, já que você se dispôs a continuar lendo, vou colocar minhas impressões sobre o assunto.
Primeiro, eu acho que a escolha do parto é um aspecto meio supervalorizado no processo de se ter um filho. Às vezes eu leio uns textos em que parece que o tipo de parto vai determinar se o seu filho vai ser o futuro prêmio Nobel ou um delinquente em potencial. O parto tem um caráter simbólico muito grande, mas ele é somente um instante. Muitos cuidados diários posteriores, de caráter continuado e permanente, têm menos glamour. Procure, por exemplo, por "musicalização infantil", ou "natação infantil" no google; o número de resultados é muito inferior ao de uma busca por "parto normal", que só perde para campeões como "amamentação" e "alimentação infantil".

Existe uma certa crítica, velada ou não, à cesariana, sob o argumento de que não é a maneira que a natureza quer. Acho que isso coloca uma pressão muito grande sobre a mãe, que muitas vezes fica frustrada se o bebê não vem de parto normal. Como se isso fizesse dela "menos mãe", ou uma mãe pior, o que absolutamente não é verdade.
Eu, pessoalmente, não me uno aos que condenam o parto cesáreo. A cesariana é um procedimento seguro, que já salvou milhões de vidas. Não se pode ser contra o desenvolvimento da medicina.

"Ah, Bruno, mas as estatísticas mostram que mais crianças morrem em partos cesáreos do que em partos normais".
Hmm, eu desconfio que esse é um caso típico de mau uso de estatísticas: a escolha equivocada do grupo de controle, e a confusão entre correlação e causalidade. Ora, para comparar estatísticas de dois grupos (crianças nascidas em parto normal e crianças nascidas por cesariana), é necessário que todas as demais características dos dois grupos (peso, renda dos pais, ocorrência de doenças, bebê prematuro ou não) sejam as mesmas. E essa condição não é atendida nesse caso, visto que mulheres com gravidez de risco quase sempre precisam de cesariana. Mesmo aceitando que muitos bebês nascem por cesariana por opção dos pais, é seguro afirmar que uma boa parte deles requer o procedimento por conta de algum problema real. A cesariana não é a causa do risco, e sim uma consequência.

"Ah Bruno, mas então porque nos outros países do 1º mundo a taxa de cesarianas é muito menor?"
A razão disso é que o Brasil tem um número muito menor de médicos per capita, e quase todos estão sobrecarregados. Todo pai que acompanha sua mulher ao obstetra sabe disso, os consultórios estão cheios. Então, feliz ou infelizmente, esses caras têm que otimizar o tempo deles. Fazer um parto normal significa cancelar um dia inteiro (ou mais) de consultas. Alguns acham essa forma de encarar excessivamente comercial, ou desumana; eu acho racional.
E outra: quando se mora longe dos avós e demais familiares, que dão um baita apoio no início, a gente precisa se organizar. Nesse caso, saber a data do nascimento é uma mão na roda: dá pra comprar passagem com antecedência, organizar uma escala, se planejar direitinho. Isso é importante!

Outra coisa interessante que li, que também depõe a favor da cesariana: os bebês da atual geração estão nascendo significativamente maiores do que as gerações anteriores, devido à melhor assistência pré-natal, alimentação da mãe, etc. Uma boa notícia, mas que tem um lado menos positivo: como o diâmetro do canal continua mais ou menos o mesmo, isso significa que a passagem é mais apertada.

Por outro lado, crianças nascidas por cesariana têm cólicas com mais frequência. Ninguém ainda conseguiu explicar por quê, mas parece que estatisticamente já foi demonstrado.
E outra vantagem: a recuperação mais rápida da mãe. Essa sim é uma vantagem indiscutível: justo na hora em que a criança mais precisa da mãe, ela está inteira, sem dores de cirurgia, sem pontos pra tirar...

Em resumo, acho que existe muito maniqueísmo nesse assunto. No fim, o tipo de parto não importa tanto assim. O principal é que a mulher tenha o direito de escolha - com a devida orientação.



¹A menos de eventuais exageros, como mulheres que insistem em um determinado procedimento mesmo contra a recomendação médica. Mas vou supor que se tratem de mães racionais, por isso a premissa é válida.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Curtinhas

Tem um desenho na TV que todo pai de meninas de 2 anos conhece, o Backyardigans. Bacaninha, bem musical e tudo mais. Até onde eu sei, a Lorena nem assiste muito, mas ela tem uma toalha de um dos personagens, a Uniqua, que, a julgar pelas antenas, deve ser uma espécie de formiga.
Dia desses, olhando na TV, ela começou a recitar o nome dos outros: "Pabo, Tyrone, Austin... e como é o nome dessa, mamãe?"
"é a Tasha, minha filha"
"a Taaaasha. Muito bem mamãe. Você sabe!"

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Pelo jeito essa guria tem uma memória tri boa. Ou é bem observadora. Ou ambos.
Nos contaram que, no fim da tarde, quando os pais começam a chegar na escolinha pra buscar as crianças, a Lorena fica no portãozinho da sala e cumprimenta todos eles. E detalhe: sabe quem é pai de quem, e chama o colega pelo nome e sobrenome.
Pra completar ainda conta as novidades:

"O papai do Nicolas! O Gustavo Cintra fez um dodói!"
"óia! a mamãe do Henrique Oliveira chegou! A minha mamãe tem um bebezinho na baiga."
"oi mamãe da Letícia Cardoso! O nome da minha irmãzinha é Aulola"
E por aí vai...

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Em posts anteriores falei da natação e das nossas idas na feira.
Pois bem, agora a Lorena inventou que a nossa cama de casal é a piscina, e que o berço onde ela dormia é a feira do Vicente Pires.
Na "piscina" ela bota todas as bonecas em roda e faz elas mergulharem, dar tchibum e bater palmas ao som das músicas da aula de natação.
Pra ir na "feira", ela bota todas as bonecas amontoadas no carrinho e compra tudo que está em falta, na opinião dela: batata-doce, brócolis, bergamota...
E nisso são horas brincando e fantasiando... muito legal!





comida (2)


Dos vários livros que falam sobre alimentação infantil, tem um que eu li, chamado "Crianças francesas comem de tudo". É o sucessor do "Crianças francesas não fazem manha", que já mencionei aqui, porém voltado pra alimentação. A autora é uma canadense cujas filhas estão acostumadas a beliscar a todo momento e relutam em comer mais saudável. Ela se muda pra França e, com muito esforço,  muda os hábitos das duas, que terminam comendo foie gras, peixe fresco da vila próxima, legumes orgânicos e tudo mais.
Esse livro não é tão divertido quanto o anterior, e sinceramente, dá uma canseira de pensar em cozinhar todas as coisas que ela propõe ali. A Lidi teorizou que é simplesmente impossível de transpor as dicas desse livro pra nossa realidade, sem morar na França. Pois não é só a comida em si; tem uma série de fatores que conspiram a favor: cultura, legislação, segurança... pensa: a mulher morava em uma cidadezinha pequena, a poucos minutos do mar, comprava peixe fresco, os avós moravam virando a esquina, traziam vegetais da horta, etc. Bem que eu gostaria, mas em Águas Claras não temos essas "barbadas".
E outra, não sei se é realmente necessário ser tão diversificado e "francês". Pode me chamar de básico, mas eu acho que no Brasil a gente tem uma base excelente sobre a qual ensinar as crianças a comer bem: é a dupla arroz&feijão. Tudo vai bem com eles. Tendo arroz e feijão, dá pra fazer a criança comer qualquer outra comida: carne, legumes, batata, qualquer coisa. Fora que alimenta bem, dá energia pro dia todo. E dá pra cozinhar bastante uma vez só, depois congela e vai fazendo. Eu mesmo digo que redescobri o feijão, pois passamos a cozinhar com menos sal por causa da Lorena. Num primeiro momento parece sem graça, mas aos poucos a gente vai sentindo o verdadeiro gosto do feijão (em paralelo a gente se dá conta como exagerava no sal).
Li alguma vez que o consumo per capita de feijão tem caído no Brasil. Uma pena, é uma riqueza nossa.

Comida

Li alguma vez que os bebês a partir de 3 meses já são capazes de manipular os pais. Talvez a palavra manipular seja meio forte. Mas o fato é que eles logo percebem oportunidades de barganha e usam o irresistível charme que possuem pra conseguir o que querem. Não sei se é tão cedo assim; em todo o caso, acho que é na alimentação que os bebês mais exercem esse poder. Rapidinho eles percebem o valor que os pais colocam em uma alimentação regular e saudável, e de vez em quando jogam com isso: se fazem de difíceis, fecham a boca, viram pro lado oposto do prato... é uma regra prática: a pior técnica de negociação é demonstrar muito que se quer algo.
No caso dos bebês, o que eles ganham com isso? Mais do que tudo, atenção: ter um pai e uma mãe na volta, falando babababababbabababa aaaaaaabre a boquinhaaaaaa e outras macaquices. E eventualmente ganham outras coisas: algum brinquedinho ou o direito de ver televisão enquanto come. Maus hábitos, mas que às vezes entram na barganha.
Não quero me gabar, mas a Lorena nesse quesito vai relativamente bem. Raramente deu trabalho pra comer. A creche ajuda bastante nisso: ver os colegas comendo é um estímulo muito maior do que ter o seu pai chato dizendo pra comer mais um pouco.
Até o brócolis, que pro Marcos Piangers é um símbolo da "comida que eu gostaria que meu filho comesse" (e da dificuldade de ver isso acontecer), é um dos favoritos da Lorena. Tão favorito que não pode ir pra mesa junto com o resto da comida, senão ela não come mais nada. Brócolis é sobremesa!
Tem outras comidas que eu e a Lidi em um determinado período nos habituamos a mencionar em código, pois se citadas em voz alta, na língua portuguesa, poderiam desencadear uma obsessão incontrolável, só contida quando o tal alimento aparecesse: melancia, milho, batata-doce, uva passa, bergamota e chocolate.


Outra coisa que ajudaria seria ver de onde vêm os alimentos, ter uma hortinha e tal. Mas isso é difícil, morando em um apartamento em Águas Claras. Então o que tenho feito é ir a cada dois sábados na feira do Vicente Pires com a Lorena. Já virou hábito: ela no canguru, eu abro a sacola e ela vai escolhendo as laranjas, o feirante dá um abacaxi pra provar, tá docinho? Na outra banca tem uma prova de queijo minas, um palitinho com um pedaço de manga, e assim vai. A Lorena já está conhecida por lá: outro dia fui sozinho e um feirante me perguntou "cadê a menina?".
Ultimamente temos colocado uma cesta de frutas na mesa, com banana, bergamota e maçã, ou alguma outra fruta que tenha em casa. Isso funciona que é uma beleza: lá pelas tantas a guria passa por ali, dá um jeito de subir na mesa, cata uma fruta, descasca e sai comendo. Acho que é mais fácil se é a criança que toma a iniciativa.
Agora, o que mais ajuda mesmo é dar o exemplo: acho que dificilmente uma criança vai comer frutas e vegetais se os próprios pais não gostam. Eu gosto de chegar em casa do trabalho e limpar uma cenoura, ou uma maçã, ou até um pimentão, e ficar roendo aquilo antes da janta/lanche. De tanto ver aquilo, a Lorena já pede: "que tá comendo, papai?" - e acaba provando (e gostando) dessas coisas. O pimentão mesmo foi uma febre recente.
Mas como disse, não dá pra se gabar muito, até porque já me alertaram que essas coisas mudam: o fato de ter experimentado o máximo de alimentos quando pequeno não garante que esses gostos não mudam depois.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

cromossomos

A genética é uma coisa curiosa.  Alguns traços, físicos ou comportamentais, herdamos do nosso pai. Outros da nossa mãe. Alguns traços não são transmitidos, se perdem ao longo das gerações. De acordo com Darwin, grosseiramente, se algum traço nos dá uma vantagem na competição pela sobrevivência, esse traço tende a prevalecer nas gerações seguintes. Talvez por razões que nem compreendamos no momento: somente no futuro, olhando em retrospectiva, os pesquisadores entenderão porque uma determinada característica "pegou" na espécie. É o caso do sorriso, por exemplo, um traço exclusivo da espécie humana. Quando, pela primeira vez, um bebê pré-histórico sorriu para seus pais, eles não devem ter entendido direito a razão daquilo, mesmo sentindo uma vontade inexplicável de afofar o pequeno. Só hoje entendemos que o sorriso é uma estratégia infalível de criar empatia e com isso, angariar atenção, alimento e proteção.

Digo isso porque eu tenho um traço que muitos acham engraçado: sempre que me concentro em alguma tarefa, ponho a língua pra fora e faço uma leve pressão com os lábios. Me lembro de uma audição musical na 1a série do fundamental, em que eu toquei um instrumento de percussão que só existe em Lajeado: o coco (na verdade são duas metades de um coco seco: batendo um hemisfério no outro, produz-se um som seco, próprio para acompanhamento de audições musicais).
Pois bem, esse acompanhamento exigia grande noção de ritmo, e que eu batesse o coco no momento exato de cada compasso. De modo que naturalmente pus a língua pra fora durante toda a execução da peça, na frente de boa parte da cidade.
Muitos vieram me cumprimentar, não tanto pela música em si, mas por toda a platéia ter, visivelmente, reconhecido minha concentração.
Pelo que soube, muitos dos meus parentes próximos, irmãos e sobrinhos, também têm o mesmo hábito.

Pois bem, na aula de natação que faço com a Lorena, tem dois tipos de atividades: uma mais preliminar, com músicas, pra criança ir se acostumando ao meio líquido, e depois alguns exercícios mais "radicais": pular da borda, engatinhar sobre um tapete de EVA sobre a água, mergulhar, pendurar-se sobre a água até cair, etc. A Lorena fica bem concentrada quando faz essas atividades mais intensas, e adivinhem? Coloca a língua pra fora e pressiona com os lábios, antes do tchibum apoteótico.
Resolvi observar as outras crianças fazendo a mesma atividade. Afinal, talvez seja uma coisa da idade, todos fazem o mesmo.
Mas não, nenhuma outra põe a língua pra fora e pressiona com os lábios quando está concentrada. Só a Lorena.
Todo pai fica orgulhoso de reconhecer em seus filhos características que lhe são comuns. Mesmo que aparentemente não tenham função nenhuma, ou até sejam um pouco pitorescos, como esse. Mas suspeito que, um dia, ainda vamos descobrir que pôr a língua pra fora e pressionar com os lábios quando concentrado propicia algum tipo de vantagem: libera alguma substância estimulante do cérebro, distrai as pessoas ao redor, emagrece, sei lá...