sexta-feira, 14 de agosto de 2015
comida (2)
Dos vários livros que falam sobre alimentação infantil, tem um que eu li, chamado "Crianças francesas comem de tudo". É o sucessor do "Crianças francesas não fazem manha", que já mencionei aqui, porém voltado pra alimentação. A autora é uma canadense cujas filhas estão acostumadas a beliscar a todo momento e relutam em comer mais saudável. Ela se muda pra França e, com muito esforço, muda os hábitos das duas, que terminam comendo foie gras, peixe fresco da vila próxima, legumes orgânicos e tudo mais.
Esse livro não é tão divertido quanto o anterior, e sinceramente, dá uma canseira de pensar em cozinhar todas as coisas que ela propõe ali. A Lidi teorizou que é simplesmente impossível de transpor as dicas desse livro pra nossa realidade, sem morar na França. Pois não é só a comida em si; tem uma série de fatores que conspiram a favor: cultura, legislação, segurança... pensa: a mulher morava em uma cidadezinha pequena, a poucos minutos do mar, comprava peixe fresco, os avós moravam virando a esquina, traziam vegetais da horta, etc. Bem que eu gostaria, mas em Águas Claras não temos essas "barbadas".
E outra, não sei se é realmente necessário ser tão diversificado e "francês". Pode me chamar de básico, mas eu acho que no Brasil a gente tem uma base excelente sobre a qual ensinar as crianças a comer bem: é a dupla arroz&feijão. Tudo vai bem com eles. Tendo arroz e feijão, dá pra fazer a criança comer qualquer outra comida: carne, legumes, batata, qualquer coisa. Fora que alimenta bem, dá energia pro dia todo. E dá pra cozinhar bastante uma vez só, depois congela e vai fazendo. Eu mesmo digo que redescobri o feijão, pois passamos a cozinhar com menos sal por causa da Lorena. Num primeiro momento parece sem graça, mas aos poucos a gente vai sentindo o verdadeiro gosto do feijão (em paralelo a gente se dá conta como exagerava no sal).
Li alguma vez que o consumo per capita de feijão tem caído no Brasil. Uma pena, é uma riqueza nossa.
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