segunda-feira, 22 de junho de 2015

A descoberta do pudor

Todo mundo sabe que bebês não têm vergonha da própria nudez. Afinal, vêm ao mundo pelados, assistidos por um monte de adultos, muitas vezes fotografados, filmados... quando são pequenos, tomam banho de mar peladinhos, numa boa.
Mas em algum momento ao longo do crescimento, eles devem se dar conta de que ficar nu é algo para poucos momentos e poucos olhares. Afinal, todo mundo anda sempre vestido, isso deve ter alguma razão de ser.
No feriado de 1º maio, nossos amigos Petry e Teresa (tia Teteresa, como diz a Lorena) vieram almoçar lá em casa com o filhinho deles, o Vinícius.
Temos que fazer uma pausa aqui, pra que vocês entendam o que o Vini representa pra Lorena. Imagine que você é uma menininha de 2 anos de idade.
Pois bem, o Vini é um MENINO.
Ele é mais velho, tem 3 anos e meio. TRÊS anos e meio!
Ele imita animais legais, como tigres e leões.

Ele sabe tudo sobre dinossauros.
Ele é carinhoso com a Lorena: quando ambos vão no pula-pula, ele toma todo cuidado pra não radicalizar demais.


A Lorena suspira por ele, juro. Dá pra ver como ela suspira.

Pois bem, depois do almoço, os dois estavam brincando juntos no tapete, quando a Lorena parou e veio me falar, baixinho, que estava cocô.
Creio que não percebi, naquele momento, o desejo dela por discrição. Falei: "tá bom, o pai vai trocar a fralda".
O Vini, que já tinha estranhado a interrupção repentina da brincadeira, logo entendeu o que se passava. Mas a Lorena cortou ele:  "fica aí, Vini".
Não teve jeito: ele nos seguiu até o quarto, e ficou analisando a anatomia da Lorena enquanto eu limpava o cocô. E a Lorena, muito constrangida: "vai pra sala Vini, vai pra sala!".

Tadinha. Claramente, ela sentiu sua intimidade invadida. E logo em um momento não tão favorável. E logo por quem: pelo VINI! Desde então, tenho tomado mais cuidado. Se tem gente em casa, fecho a porta, ou se estou em público, sempre trato de achar um lugar mais sossegado pra trocar.











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